11 de mar. de 2011

Amor por Acaso

Constrangedora. Assim é a definição da estréia do ator Márcio Garcia na direção de longas-metragens. “Amor por Acaso” e peca em todas as frentes: na história cheia de estereótipos, nos personagens ocos, no roteiro que não faz rir, no merchandising ostensivo, na falta de romance entre o par central.
Ana (Juliana Paes), funcionária de uma loja que herda dívidas após a morte do pai. Para resolver o impasse, ela precisa vender uma propriedade na Califórnia – de cuja existência acaba de saber –, que pertenceu á avó. Situada na pacata Webster, em uma região vinícola, a casa acaba de virar uma pousada nas mãos de Jake Sullivan (Dean Cain, da série “Louis e Clark – As Novas Aventuras de Superman”). Ela deixa no Rio o noivo, um panaca vivido pelo chatíssimo Marcos Pasquim, e vai aos EUA vender a casa herdada. A partir daí, começa a contagem regressiva para o início do romance com Jake. Mas o amor só chega no fim do filme e de um jeito bem morno. O olhar de Garcia sobre os EUA não vai além de clichês: cidade interiorana, xerife bebedor de cerveja, cowboys fora de época e empregada latina bem desinibida. As cenas daqui padecem do mesmo mal, ao mostrar um Rio de Janeiro de cartão-postal, com mulheres de biquíni e marmanjos jogando futevôlei.
E para coroar esse festival de fraquezas, nada como a cena final, sem relação com o resto do filme, em que Garcia faz merchandising em uma ponta como ator. Ou seria um comercial de xampu..... não perca seu tempo vendo!

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